Hipocrisia ocidental é exposta após ataque hacker, afirma delegada chinesa
Primeiro dia de debates no comitê da ONU marca confronto direto entre potências globais.
Sophie Pereira da Costa
06/06/2025
Hoje, dia 6 de junho, foram iniciados os debates no Escritório das Nações Unidas acerca do tema Mídias sociais em contraste com a soberania nacional. Logo nos discursos iniciais, as delegações da China e dos Estados Unidos da América apresentaram expressaram visões conflitantes.
Ao longo do debate, a delegação estadunidense mostrou posição que se opõe à soberania digital, enfatizando a superioridade da soberania e segurança nacional. Em uma das entrevistas realizadas, a delegada afirmou não acreditar na soberania digital, colocando esse meio como “espécie de autoritarismo digital” e criticando a delegação chinesa que se mostra oposta.
Em contrapartida, desde o início, a voz da China no comitê, afirmou com veemência sua posição a respeito das mídias sociais, colocando-as como essenciais, porém, assumindo que esse ciberespaço temtêm um papel essencial na disseminação de Fake News e na prática de golpes políticos.
A delegada sustentou que a regulamentação desse meio de comunicação por parte do governo não é censura e sim uma forma de garantir a proteção dos dados dos cidadãos. Durante entrevista concedida, a China reafirma seu posicionamento: “Não é como se estivéssemosestivessemos privando os cidadãos, e sim protegendo suas informações de empresas estrangeiras ocidentais, que por sua vez impõemimpõe padrões de vida que divergem de nossos valores e legislações” ainda segundo a delegada “nosso sistema midiático surge como alternativa a ter que ceder àa pressão externa das redes estrangeiras, já que a China acredita firmemente que a proteção e a soberania nacional são mais importantes”
Em meio ao embate de opiniões, uma intervenção agitou a sala de debates: Os Estados Unidos da América foram alvo de um ataque hacker de origem desconhecida. O telão do comitê foi invadido por um indivíduo não identificado que ameaçou liberar todos os dados ocultos pelo governo americano dentro de 72 horas. A condição dada pela figura foi a mudança imediata do sistema de controle midiático do país, afirmando que a potência compactuava com a omissão de dados e utilização de perfis falsos.
Após a intervenção, a delegação chinesa se manifestou, criticando duramente a postura dos Estados Unidos. Em seu pronunciamento, a delegada relembra a fala da representante norte-americana que previamente à intervenção criticou o modelo de proteção cibernética chinês. Segundo ela “A potência teve um posicionamento hipócrita, visto que a libertinagem proposta pelos Estados Unidos acabou ocasionando ana crise que acabamos de vivenciar”.
Assim encerrou-se a primeira sessão de debates. A discussão, no entanto, está longe de chegar ao fim, com novos pronunciamentos previstos para o próximo dia.
Globalização e desenvolvimento tecnológico ou ameaça a soberania e valores?
Como o governo chinês respondeu às divergências e pressões de delegações ocidentais
Maria Luísa A.
06/06/2025
No dia 6 de junho de 2025, um tema que pairava há tempos nos corredores diplomáticos finalmente ganhou uma visibilidade relevante suficiente para ser assunto dentro da Assembleia Geral das Nações Unidas. Após um pouco de atraso, os discursos da primeira parte do debate gerou poucos, mas, graves posicionamentos acerca do modo protetivo adotado pelo governo chinês, extremamente eficaz ao promover segurança para a população e seus dados, sendo rotulado como “censura” e autoritarismo pelas delegações do ocidente, com destaque aos Estados Unidos da América, que se impôs com um discurso liberal e que prioriza a soberania digital acima do bem-estar do povo, visto que, a maioria das empresas feito Instagram acarretam sérios problemas de excesso de dopamina e vício, atrasando no processo educativo e de crescimento interpessoal do indivíduo.
Além deste contraste, é importante ressaltar a utilização do nosso modelo de segurança por outros países incluindo os Estados Unidos, confirmando a eficácia deste meio que protege documentos, dados, informações e perfis contra empresas —- pauta constantemente abordada no debate —-, na maioria das vezes, são de origem estadunidense e ocidental.
A liberdade de expressão, tanto citada dentro dos discursos, não necessariamente é privada, a China prioriza a segurança e proteção e não pretende ceder à pressão externa e com padrões contra os valores da China das redes estrangeiras e por isso permanece com a alternativa de possuir apenas redes sociais a fim de prevalecer a harmonia e bem-estar da nossa população.
EDITORIAL
Em um cenário onde as mídias digitais crescem e, simultaneamente, o impacto negativo da desinformação, debates acerca dessa pauta são fundamentais para o bem da sociedade como um todo. A Assembleia Geral das Nações Unidas trouxe à tona o conflito entre as mídias sociais em contraste à soberania nacional. A pauta, embora urgente, mostrou que diversas nações continuam com pensamentos que colocam seus valores de forma unitária, mesmo quando isso ocorre em detrimento da ordem, justiça e segurança internacional.
Entre esses países, se destaca os Estados Unidos da América, cuja ação vem historicamente favorecendo empresas que trabalham sob uma máscara de neutralidade, porém na prática influenciam eleições, desestabilizam governos e promovem discursos exclusivos e extremistas. Diante dessa situação, é de suma importância as demais nações reafirmarem a importância da regulamentação desses meios digitais, que favorecem apenas o bem coletivo, e não consistem em censuras ou privação da liberdade de expressão.
Ademais, é importante ressaltar que essa falsa ideia de liberdade pode ser extremamente prejudicial, visto que moldam milhares de opiniões ao redor do mundo e colocam a soberania estatal em risco. A China tem há anos alertado e tomado medidas sobre o ordenamento digital, respeitando as estruturas nacionais, internacionais e direitos básicos.
Está na hora de a comunidade internacional superar o debate ideológico e enfrentar a realidade prática: a regulamentação das mídias não afeta a liberdade, ela garante. Ao estabelecer normas claras de como as plataformas devem funcionar em cada país, será possível assegurar que o ambiente digital seja saudável e esteja a serviço da população, e não de interesses privados. Precisamos construir marcos que respeitem a legitimidade e segurança de todas as nações, pois o futuro da informação digital depende da coragem de agir com equilíbrio e visão global.
Iara Sá
Em meio a um cenário caótico, as delegações procuram soluções para as adversidades digitais, sem contar com o Japão.
Maria Luísa A.
07/06/2025
Nesta última sessão, no dia 7 de junho de 2025, ocorreu mais do que uma simples debate, e sim um bate-boca dentro do comitê da ONU referindo-se às opiniões divergentes sobre um “apagão digital” ocorrido na Argentina que vai contra à temática a favor da liberdade de expressão do povo.
Tal caso trouxe posicionamentos de várias delegações abordando e trazendo repúdio unânime entre as nações do Brasil, África do sul, China, França, Polônia e outros contrários às ações extremistas tomadas pela Argentina. É necessário enfatizar a nítida falha de segurança e a facilidade da entrada de manifestantes dentro do comitê, pondo em risco a integridade física dos indivíduos presentes da propriedade da instituição.
O BRICS, portanto, decidiu aliar-se aos Estados Unidos da América, que propôs como alternativa a qualquer tipo de ameaça que interfira na saúde e no bem-estar da população, concordando com a alfabetização digital.
E visto tamanha gravidade e relevância do assunto, é com imensa importância ressaltar a ausência da delegação do Japão no debate. A cadeira vazia não passou despercebida, um país que se projeta como um defensor da ordem internacional baseada em regras, sua falta neste debate demonstrou imensa irresponsabilidade e desrespeito diplomático aos próprios valores e sistemas culturais presentes no país, o que soa contraditório à escolha de se omitir sobre o assunto.
Foto por: Laura Pedrosa
O contraste da visão ocidental e oriental sobre a soberania digital
Iara Sá
07/06/2025
O contraste da visão ocidental e oriental sobre a soberania digital Até que ponto a liberdade e o controle se tornam deliberados? O segundo dia de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas provocou essa reflexão, e as respostas revelaram um contraste marcante entre as perspectivas adotadas por diversas partes do globo, principalmente entre o ocidente e o oriente. A chamada “liberdade digital” muitas vezes exaltada por potências ocidentais é posta como um valor inquestionável e universal. Entretanto, na prática ela se traduz como uma hegemonia cibernética, que se disfarça de convivência e liberdade, mesmo possuindo mecanismos de vigilância sofisticados a fim de controlar usuários.
Desse modo, observa-se que o modelo adotado por países ocidentais pode contribuir para o enfraquecimento da autonomia de Estados nacionais e deixa as nações em desenvolvimento vulneráveis a influências externas. Em divergência, muitos países orientais têm defendido um conceito de soberania que visa não favorecer apenas sua própria nação,e sim a humanidade como um todo. Um exemplo claro de contradição nesse cenário é a postura dos Estados Unidos, que apresentam um duplo padrão: ao anunciarem o banimento do Tik Tok alegaram estar protegendo a segurança nacional, contudo rotulam as regulamentações digitais adotadas pela China como forma “censura” e “autoritarismo digital”. Diversos países do sul global, incluindo da Ásia, África e América Latina, levantaram preocupação sobre a concentração digital em mãos de poucos, destacando a necessidade pungente de uma governança digital mais multilateral, inclusiva e equitativa.
Em síntese, a questão central não é apenas a liberdade e o controle, mas sim o monopólio e a autodeterminação. A liberdade digital genuína não pode existir em um espaço em que existam assimetrias estruturais tão discrepantes. O modelo chinês, ao priorizar segurança, desenvolvimento tecnológico soberano e responsabilidade, oferece uma alternativa concreta e eficiente para os desafios digitais. Portanto, o caminho para um futuro digital equitativo e justo exige que abandonemos falsos dilemas e consigamos abrir espaço para diálogo global, desse modo, os impactos negativos das redes poderão finalmente deixar de interferir na soberania nacional.
Legenda: Segundo dia da AGNU sobre as mídias digitais em contraste à soberania nacional./ Foto por: Luiza Couto
Omissão argentina desvia foco e causa indignação no conselho
Sophie P. C. Vasconcelos
07/06/2025
Invasão protestante e cobrança de posicionamento argentino a respeito das consequências trágicas de sua decisão marcam os debates.
Hoje, no dia 7 de junho, o início do segundo dia de debates no comitê da ONU se iniciou com um desvio na temática principal, sendo direcionado para a crise que eclodiu ontem após a decisão inesperada do governo argentino: um apagão digital. A população argentina foi surpreendida com um bloqueio de redes como Instagram, Tik Tok, X e WhatsApp, com a justificativa de que tais mídias estariam ocasionando desordem pública e comprometendo a estabilidade nacional.
A ocorrência repercutiu de forma imediata em diversos países da América do Sul, com o povo indo às ruas com revolta e em solidariedade ao povo argentino. A enorme movimentação resultou na morte confirmada de 12 vidas em decorrência da repressão policial. Simultaneamente, a sala de debates foi preenchida com as falas das delegações estadunidense, italiana, brasileira, chinesa e outras, que apresentaram sua indignação a respeito da decisão argentina, alegando que o ocorrido caracteriza-se como censura, abuso de poder e que derrubar as redes sociais era calar a voz do povo. A delegação americana afirma que tal decisão viola totalmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos e recebe coro.
Em meio às colocações, o comitê foi surpreendido pela invasão de um grupo de manifestantes brasileiros e argentinos, que tomaram conta da frente da sala de debates para exprimir sua indignação. Os participantes, revoltados, realizaram cobrança direta do delegado argentino a respeito do ocorrido: “será que vale a pena abrir mão de seus valores para ceder à um presidente?” Tal incidente abre espaço para questionamentos a respeito da segurança do conselho, que permitiu a entrada dos protestantes e promove clima de tensão na comissão.
Assim encerrou-se as primeiras sessões de discussão, com a notável ausência de pronunciamentos e ações concretas por parte da delegação argentina, que se mostrou negligente e indiferente às graves acusações feitas ao seu governo.
Legenda: Grupo de invasores protestam no comitê/ Foto por: Laura Pedrosa