Estados Unidos da América é hackeado
Durante o debate das Nações Unidas, EUA tem seu sistema de segurança comprometido.
Mariana Landim
06/06/2025
Nesta sexta-feira, dia 6 de junho de 2025, os Estados Unidos têm seu sistema de segurança invadido por um hacker durante o debate das Nações Unidas, realizado na cidade do Recife. A informação veio à tona em meio à discussão, em que um vídeo, inicialmente inofensivo, foi apresentado para os delegados dos países ali presentes. A produção audiovisual começa como um noticiário aparentemente normal, porém, após alguns segundos, é mostrado um anúncio de emergência, alertando os representantes sobre a situação e, logo em seguida, uma passagem do invasor apontando seus interesses.
“Não sou um criminoso qualquer. Não quero dinheiro, exijo a regulamentação efetiva das redes sociais. Senão, irei revelar dados confidenciais. Vocês têm 72 horas, a contagem começa agora.” Afirma, no vídeo, o infrator responsável pela invasão.
No mesmo dia, os Estados Unidos confirmam a reação e apontam medidas que serão tomadas para reverter a ocorrência.
“A delegação americana irá criar um órgão para regulamentar as redes, além de rastrear os dados e identificar o criminoso encarregado da violação, o qual será punido adequadamente de acordo com a circunstância.” Afirma a delegada americana na entrevista realizada pelo jornal Le Monde.
Foto por: Luiza Couto
França discursa sobre as mídias sociais e a soberania nacional
Na Assembleia Geral das Nações Unidas, a Delegação Francesa expõe seu posicionamento: “Não deixaremos de lado nossa soberania”.
Fiza Toledo Ferreira
06/06/2025
Na tarde da sexta-feira (6), aconteceu a Assembleia Geral das Nações Unidas que teve como tema o debate sobre a questão das mídias sociais e o contraste com a soberania nacional. Até onde a liberdade de expressão justifica o descumprimento de leis? A Delegação da França manifestou sua posição acerca do tema de forma coerente e se mostrando preocupada com sua população.
Para o país, as plataformas digitais devem remover conteúdos de ódio e discursos que coloquem em risco a democracia, não compactuando com países que deixaram de lado a soberania nacional por conta de empresas que buscam aumentar a lucratividade. Além disso, as mídias sociais abrem espaço para a disseminação de notícias falsas e de comentários que incentivam práticas preconceituosas.
Sem dúvidas o ponto de vista da França é muito pertinente, visto que é de imensa importância garantir que o ambiente digital seja um espaço seguro. A Delegação recebeu apoio da representante Alemã após propor a criação de políticas que regulem as redes sociais, para assegurar que estas sejam ambientes transparentes, democráticos e seguros para todos: “A liberdade de expressão deve ser efetivada com cuidado, pois além de prejudicar as pessoas, interfere diretamente na democracia e no governo”.
Com isso, o posicionamento do país parece agradar grande parte da população e se espera que o que foi proposto seja cumprido, pois é de extrema importância que o ambiente digital passe a ser visto como um espaço seguro e livre de discursos de ódio disfarçados de liberdade de expressão.
EDITORIAL
Sem cesura, mais responsabilidades
A organização da ONU se reuniu hoje dia 6 de junho de 2025 para discutir sobre a soberania digital em relação à soberania nacional. E claro, em meio ao debate uma opinião em comum prevalece. Como é afirmado claramente pela Delegação da China, a liberdade de expressão é fundamental mas deve haver limites acerca de conteúdos criados, evitando assim a manipulação de informação, discursos de ódio, proporcionando um ambiente de bem estar para a população.
Além disso, deve-se questionar o posicionamento da delegação do Egito visto que afirma ser a favor da liberdade de expressão e não compactua com a ideia de outras influências religiosas compartilhadas pelo meio digital. Visto isso, o jornal Le Monde solta um questionamento sobre a partir de que ponto os limites acerca da liberdade se tornam opressão. Vale salientar o posicionamento da delegação de nosso país quando é afirmado pela nossa representante ,"não deixaremos de lado a soberania nacional por empresas que prezam o lucro" mostrando como nosso pais presa pela democracia e a soberania nacional e elemento de neutralidade que permite a manifestação das diversas opiniões visando deleite da população, assim como é afirmado pelo nosso lema, liberdade, igualdade e fraternidade. Representando como nosso Governo presa a responsabilidade acerca do uso das redes sem censura a liberdade de expressão. Visto isso, fica claro o posicionamento da Delegação da França, que tem como objetivo um mundo melhor e justo, interagindo de modo respeitoso com o público local e internacional.
Andreza Flora de Azevedo Poch
Agradecimentos: Laura Pedrosa
Invasão de manifestantes na sessão da ONU
Censura digital causa alvoroço em debate da ONU
Andreza Flora de Azevedo Poch
07/06/2025
Durante o debate do dia 6 de junho de 2025, delegados da ONU foram surpreendidos ao receber exemplares de uma nova edição do New York Times, que noticiava um apagão digital na Argentina, ocorrido no dia anterior. O bloqueio do acesso digital foi ordenado pelo presidente Javier Milei, sob o argumento de "proteger a soberania nacional" contra as plataformas digitais, resultando em protestos massivos e repressão militar, que causaram 11 mortos e centenas de feridos.
Foi afirmada também a preocupação e solidariedade do Brasil acerca das vítimas, com o depoimento do presidente Luiz Inácio, mais conhecido popularmente como Lula, reforçando que o Brasil defende a democracia — até mesmo a digital —, algo que esclarece a prioridade do país com relação ao bem-estar da população. Também foi evidenciado o apoio do Chile à população argentina.
A delegação de Marrocos inicialmente apoiou a Argentina, mas retirou essa posição após ouvir a delegação argentina, que se recusou a discutir o assunto, alegando que não era sua maior prioridade no momento. Em vez disso, enfatizou outros tópicos no debate que poderiam ser discutidos em outra situação. Essa escolha levanta questões sobre a relevância dos valores e princípios da Argentina ao priorizar questões administrativas em detrimento da vida humana.
A marcha das pessoas em luto pelas vítimas evidenciou a importância do direito à liberdade de expressão. O delegado da Colômbia destacou: "Essas pessoas foram exercer seu direito à fala e à liberdade de expressão; como resposta, tiveram suas vidas tiradas." Algo que contradiz a própria Constituição da Argentina, em seu artigo 14, que afirma garantir o direito à liberdade de expressão — o que inclui a liberdade de imprensa, pensamento e opinião.
Uma fala significativa foi proferida pela delegação da China, que argumentou: "A liberdade de expressão não foi retirada com o apagão; ela foi cerceada ao não serem oferecidas alternativas à população, como uma regulamentação adequada, privando-os até do direito de contestar." Essa declaração ressalta o apoio internacional à população e não às ações governamentais.
Em nome do jornal Le Monde, queremos expressar nossa solidariedade a todos os afetados por essa tragédia e às famílias das vítimas, que não serão esquecidas por terem lutado pelos nossos direitos como cidadãos garantidos pela Constituição.
Foto por: Laura Pedrosa
É iniciado o debate das Nações Unidas deste sábado
A discussão começa com opiniões similares entre os delegados dos países presentes.
Mariana Landim
07/06/2025
Neste sábado, dia 7 de junho de 2025, é iniciada a segunda parte da discussão realizada pela ONU acerca do tema “As mídias sociais em contraste à soberania nacional”. A princípio, os delegados apresentam opiniões parecidas.
Em primeiro plano, as delegações criticaram fortemente o ocorrido no continente sul-americano no dia anterior, em que o governo argentino proibiu todas as redes sociais, com a justificativa de que tais mídias estariam sendo utilizadas para “instigar a desordem pública, espalhar notícias falsas e comprometer a estabilidade nacional”, resultando em manifestações em toda a América do Sul, especialmente no Chile e no Brasil.
As delegações da Alemanha e da França, em seus discursos, questionaram o delegado brasileiro, afirmando que ele não teria se preocupado em se pronunciar mediante a morte ocorrida no país. O representante brasileiro rebateu, alegando que já tinha demonstrado previamente a sua insatisfação e informou que a ocorrência já está sendo investigada.
Posteriormente, a delegada estado-unidense propôs uma “alfabetização midiática" desde a infância, declarando que é uma forma de conter as fake news presentes no ambiente digital. França, Polônia e Rússia demonstraram apoio à solução apresentada pela delegação dos Estados Unidos.
Em resumo, as delegações se mostraram com ideias similares em relação ao que foi desenrolado na Argentina, mostrando descontentamento. Além disso, alguns delegados também se colocaram em concordância com o que foi sugerido pelos Estados Unidos em relação à questão das notícias falsas no espaço virtual.
Foto por: Luiza Couto
Alfabetização digital surge como alternativa para o combate de notícias falsas
Após apagão digital na Argentina, os Estados Unidos da América sugerem solução menos violenta para a disseminação de desinformação
Fiza Toledo Ferreira
07/06/2025
Na tarde da sexta-feira (6), durante a Assembleia das Nações Unidas, houve a distribuição de um jornal que comentava sobre o apagão digital ocorrido na Argentina. O ato repentino de bloquear as redes sociais (X, Facebook, TikTok e WhatsApp) teve como justificativa que as redes estariam instigando a desordem pública, comprometendo a estabilidade nacional e espalhando fake news.
A atitude argentina não agradou a todos, gerando diversas reações da comunidade internacional. No sábado (7), os delegados continuaram o debate, e a delegação dos Estados Unidos se destacou ao acusar a Argentina de violar o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que estabelece o direito à liberdade de expressão. Ainda mostrou indignação com o movimento das outras delegações: “Muito falatório e pouca ação”.
Com essa fala, a representante americana apresentou a ideia de estender o artigo 19, para que não só a liberdade de expressão seja garantida, mas também a liberdade digital — o que faz sentido, visto que, em 1948, quando a Declaração dos Direitos Humanos foi proclamada, ainda não existia internet. Além disso, a principal proposta foi uma alfabetização digital desde a infância para conter a propagação de desinformação.
Alfabetização digital desde a infância é certamente menos radical e aparenta ser mais eficaz do que um apagão digital. A ideia imediatamente recebeu apoio de delegações como a Polônia, a Rússia e a França, que mostraram interesse em colocá-la em prática. O esperado é que, de fato, alguma solução aconteça para conter as fake news, mas sem deixar de lado a opinião pública, levando em conta que um bloqueio das redes sociais afeta diretamente a sociedade.
Foto por: Laura Pedrosa