Mídias sociais vistas como forma de censura
A delegação dos Estados Unidos contradiz a China dizendo que a regulamentação das mídias sociais é vista como forma de censura.
Sofia Albuquerque
06/06/2025
06 de junho de 2025 – Teve início hoje mais uma reunião da Organização das Nações Unidas com foco em: o papel das mídias sociais em contraste com a soberania nacional.Durante os discursos iniciais, o destaque ficou para a delegação da China, que defendeu a necessidade de regulamentar as mídias sociais. Segundo a delegação chinesa, a soberania nacional deve se estender também ao ambiente digital. “Acreditamos que a soberania nacional deve se estender à soberania digital”, declarou a delegação da China.
Em contraposto, a delegação dos Estados Unidos se manifestou contra a regulamentação das mídias sociais. Para a delegação norte-americana, qualquer medida nesse sentido pode representar uma forma de censura e ameaça à liberdade de expressão.O debate reflete uma crescente tensão entre modelos de governança digital e levanta questões centrais sobre até onde os Estados podem — ou devem — intervir no ciberespaço. A discussão deve continuar ao longo da semana, com a participação de outros países e especialistas da sociedade civil e do setor tecnológico.
Agradecimentos: Luiza Couto
Sistema cibernético dos EUA comprometido
População dos Estados unidos é ameaçada por espalhamento de informações
João Arthur
06/06/2025
Hoje, dia 6 de junho de 2025, começaram os debates da Organização Das Nações Unidas (ONU), em relação às mídias sociais em contraste da soberania nacional. As redes sociais apresentam pontos positivos, como por exemplo a comunicação e acesso de informações, porém há pontos negativos, principalmente de acordo com disseminação de notícias falsas.
Durante a reunião, as delegações apresentaram os seus pontos de vista em relação ao tema debatido. Países como África do Sul, Arabia Saudita e Itália reconhecem que as mídias sociais possuem vantagens e desvantagens, e que defendiam o equilíbrio, falando que defendiam o uso, porém com responsabilidade.
Segundo a Rússia, determinadas ações de mídias sociais contra a soberania russa fazem com que a delegação considere elas como inimigas. Além disso, países como a Alemanha e Estados Unidos buscam, juntamente com as demais nações, soluções em relação aos aspectos negativos existentes nas redes sociais.
Após os discursos das nações presentes, ocorreu a divulgação de um vídeo, apresentando um tom ameaçador a sociedade estadunidense. A produção publicada, afirmava que o sistema cibernético dos Estados Unidos da América havia sido invadido por um suposto “hacker”. “ Os dados serão liberados” falou o invasor mostrando a intimidação contra os moradores do país, sendo um dos perigos das redes sociais.
EDITORIAL
Hoje, 6 de junho de 2025, deu-se início a mais uma reunião da União das Nações Unidas. O tema discutido esse ano foi “A Questão das Mídias Sociais em contraste com a Soberania Nacional”. Isso trouxe à tona um dos debates mais acalorados da atualidade: o papel das potências internacionais sobre os limites da liberdade digital.
Como esperado, os Estados Unidos e a China protagonizaram um embate retórico que reflete suas visões divergentes sobre governança tecnológica e influência global. A delegada dos Estados Unidos abriu sua participação reafirmando seu compromisso com valores democráticos e liberdade de expressão, posicionando-se como defensora de um ambiente digital aberto e seguro. No entanto, a delegada da China rapidamente rebateu, alegando que os EUA, na prática, adotam medidas conservadoras e protecionistas, citando a recente proibição do TikTok como um exemplo de interferência.
A delegação chinesa também destacou que a decisão americana foi baseada em argumentos e preocupações sem fundamentos, chegando ao ponto de rotular o CEO do aplicativo—que é de Singapura—como um suposto "espião chinês".
Além disso, apontamos que a retórica americana sobre valores democráticos pode ser vista como uma tentativa de justificar medidas protecionistas, enquanto acusações contra a China servem para reforçar uma narrativa de antagonismo estratégico.
O editorial conclui que os interesses gerais de ambos os países demonstram segundas intenções de forma clara, em que a China se destaca por suas articulações, enquanto os Estados Unidos pretende continuar focado em seus valores de liberdade. Dessa forma, os delegados devem equilibrar soberania nacional e liberdade digital sem que o debate seja monopolizado por interesses geopolíticos.
Ana Luíza Dutra
Mídias sociais vistas como forma de censura
A delegação dos Estados Unidos contradiz a China dizendo que a regulamentação das mídias sociais é vista como forma de censura.
Sofia Albuquerque
07/06/2025
Hoje, dia 07 de junho de 2025, ocorreu o segundo dia de reunião da União das Nações Unidas com o tema “A questão das mídias sociais em contraste com a soberania nacional". Logo no início do debate, já foram sugeridas propostas com foco em regulamentar o uso indevido das mídias sociais.
Devido à tragédia divulgada ontem, da jovem que foi morta em Santiago durante um protesto contra a censura, um grupo de manifestantes invadiu a sessão da ONU, onde havia a presença de profissionais de segurança, repetindo a seguinte frase: “Não ficaremos calados”. Segundo um dos manifestantes, a delegação da Argentina tem agido de forma covarde em relação à tragédia, pois não se posicionou sobre o tema. Em entrevista, o manifestante afirmou: “A delegação da Argentina não se posicionou sobre os atos que aconteceram no país; ao invés disso, falou sobre assuntos que são irrelevantes, o que é um total desrespeito com o nosso povo.” Em outra entrevista, um segundo participante da manifestação alegou: “Com a morte das duas pessoas na manifestação, nós não ficaremos calados com isso, não deixaremos o assunto morrer.”
A delegação da Argentina esteve presente nessa reunião e lamentou a morte de Camila Rivas, a jovem de 19 anos que foi morta durante um protesto contra a censura. O delegado da Argentina afirmou uma visão oposta à dos manifestantes citados: “Eu acredito que esse manifestante, como não estava na reunião, não teve conhecimento de que eu já havia me pronunciado, lamentando a morte da jovem. Portanto, o posicionamento desse manifestante está incorreto.”
Foto por: Laura Pedrosa e Daniela Sobral
Editorial
Após repercussão da morte de cidadã argentina, delegados questionam liberdade de expressão infringida.
Ana Luíza Dutra
07/06/2025
Durante a segunda sessão de debate da Organização das Nações Unidas (6 de junho), delegados foram surpreendidos com a intervenção do New York Times. A notícia da morte de Camila Rivas, jovem ativista argentina, impactou profundamente a reunião.
Após o ocorrido, Brasil e Chile se pronunciaram de forma crucial, condenando a repressão argentina contra manifestantes e denunciando a contradição de um governo que se diz liberal, mas silencia brutalmente uma cidadã.
A República Federativa do Brasil afirmou que “O Brasil acredita que foi uma ação completamente imprudente da delegação da Argentina, porque no momento em que eles cortam a comunicação através das redes sociais, o direito da população é retirado [...]”. O Chile, por sua vez, declarou que “O país da Argentina tem total responsabilidade pelo que aconteceu. A delegação do Chile lamenta profundamente a morte de Camila Rivas e irá contribuir para que acontecimentos como esse não ocorram mais.”
O pronunciamento do Brasil e do Chile evidencia o peso dessa tragédia e reforça a necessidade de que governos sejam responsabilizados por suas ações. A censura digital e a violência estatal não apenas silenciaram uma jovem, mas também enviaram um recado alarmante sobre o futuro das liberdades democráticas na Argentina. A comunidade internacional deve agir para que esse episódio não se torne apenas mais um nome na longa lista de vítimas da repressão política.
Foto por: Laura Pedrosa
Governo argentino bloqueia as redes sociais
Interrupção de plataformas digitais causa caos no território americano, incluindo mortes e feridos
João Arthur Toscano
07/06/2025
Hoje, dia 7 de junho, ocorreu a continuação do debate feito pela Organização das Nações Unidas, conhecida como ONU. Durante a discussão, os países apresentaram os seus pontos de vista em relação ao ocorrido na Argentina. No dia 5 de junho, publicamos um jornal sobre o que aconteceu no país, onde, supostamente, o governo argentino havia anunciado o bloqueio imediato de todas as principais redes sociais.
O governo afirma que as plataformas digitais estão sendo usadas para estimular a desordem pública, espalhar fake news e comprometer a estabilidade nacional. Além disso, os principais meios digitais, como, por exemplo, Instagram, X (conhecido como Twitter), WhatsApp e TikTok, estariam trazendo o caos social e ameaçando a autoridade nacional.
Ademais, no território argentino, ocorreram protestos pela liberdade digital — não só na Argentina, mas em toda a América do Sul. Durante essas manifestações, houve 12 mortes no continente, entre elas a da jovem Camila Rivas, de 19 anos, e de Alfredo Ferraz, de apenas 20 anos.
Ao longo da discussão sobre o tema, ocorreu mais uma manifestação. “Justiça por Camila”, “Justiça por Alfredo”, “Não ficaremos calados” foram falas ditas por pessoas de nações da América do Sul, em relação à censura digital, diretamente ao delegado da Argentina, que causou problemas e prejuízos na sociedade argentina e em outros países sul-americanos.
Foto: Laura Pedrosa