EUA é grande foco no comitê da ONUDC desta segunda-feira
Os Estados Unidos foram mencionados várias vezes na discussão a respeito da droga NeuroLux no comitê da ONUDC
Nesta segunda (11), foi realizada uma reunião do comitê Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) com um foco na droga recentemente implementada NeuroLux, que ajuda no tratamento de pacientes do mal de Alzheimer. Apesar da substância ser feita a fim de combater essa enfermidade, as populações de vários países têm tido a tendência ao uso recreativo da droga, principalmente a Rússia.
A Rússia declarou que iria, sim, tomar medidas: “tomaremos providências. [...] Temos tolerância zero ao uso recreativo”. Algumas delegações também declararam apoio à Rússia no combate à situação, como o próprio Brasil, por exemplo. A Índia disse que “a droga seria eficiente caso fosse reformulada”, uma vez que sua atual composição traz efeitos estimulantes e a morte de neurônios.
Em certo momento, dois afiliados da Johnson & Johnson (criadora da droga) foram fazer seus depoimentos e mencionaram: “os EUA tinham consciência das possíveis consequências e, mesmo assim, deixaram a droga entrar livremente no mercado”. Assim, várias delegações puseram certa pressão nos EUA e na Rússia; em destaque, a China e o Japão, respectivamente. “É chocante o governo americano simplesmente deixar algo passar desta forma. [...] É tudo pelo lucro”, afirma a delegação chinesa.
Como o problema também é de escala mundial, “é necessário que nações influentes como os EUA sejam mais rígidas. [...] A Rússia deve lidar com suas consequências”, diz a delegação japonesa. A delegação estadunidense, por sua parte, disse “[...] percebemos, agora, que não estão tomando tal providência que mencionaram em seus discursos”, o que acalorou o debate.
A Índia criticou a posição da delegação japonesa no tocante ao debate: “não entendo sua postura. [...] É necessário que se dê atenção a outras nações que também precisam de ajuda, não que o foco seja somente trocar farpas”, algo que a Rússia também ressaltou. Porém, isso não parou por completo a pressão contra os EUA, já que o fato de que eles deixaram a droga circular livremente prevaleceu. “O fato de o governo americano adotar esta postura não é surpresa”, diz a delegação mexicana. “Apesar do foco ser a Rússia, acho que os EUA podem ajudar mostrando que se importam”, ressalta a delegação indiana.